Este é o Segundo estudo da Série A Figueira e Seus Ramos:
Já nas primeiras páginas da Bíblia a figueira nos é mostrada como uma ilustração de Israel, como um livro didático de Deus ensinando sobre a salvação verdadeira.
Já nas primeiras páginas da Bíblia a figueira nos é mostrada como uma ilustração de Israel, como um livro didático de Deus ensinando sobre a salvação verdadeira.
Em 2 Reis
20.5-7 o Senhor diz ao Seu profeta Isaías: "Volta e dize a Ezequias,
príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua
oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à
Casa do Senhor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da
Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de
mim e por amor de Davi, meu servo. Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos;
tomaram-na e a puseram sobre a úlcera; e ele recuperou a saúde."
O que
aprendemos disso?
1. A figueira Israel existe para salvação
Israel é
como uma pasta de figos, como remédio para a humanidade, para todas as nações.
Mas não é em si mesmo que este povo é salvação e bênção sobre a terra. Israel
só pode ser uma ajuda para um mundo enfermo por causa dAquele que vem de Israel
e se tornou o sacrifício para o mundo: Jesus Cristo. Este já foi o desígnio de
salvação de Deus com Abraão, quando falou ao patriarca de Israel: "...em
ti serão benditas todas as famílias da terra." (Gn 12.3b). Jesus é o
Salvador do mundo, mas foi o judaísmo que o trouxe ao mundo. Essa é a única
razão de ser do povo judeu, do qual o Eterno de Israel fez vir Seu Filho Jesus
Cristo para salvação do mundo inteiro!
Os
botânicos descrevem a figueira da seguinte maneira:
–
"Tem tronco retorcido com casca clara". Em si mesmo, Israel é torto e
rebelde, mas resplandece por meio de Jesus Cristo. Tive que pensar em Moisés,
que em si mesmo também era "torto". Mas quando retornava do encontro
com Deus, "a pele do seu rosto resplandecia" (Êx 34.29).
– "A
ramada se estende em todas as direções e tem folhas com cinco pontas".
Israel se tornou salvação para todos os povos. O Evangelho foi anunciado
primeiramente em Jerusalém, Samaria e Judéia, mas depois, partindo de Israel
(figueira), – para todas as direções, para todos os povos. Folhas com cinco
pontas: cinco é o número da graça. Uma pasta de figos foi colocada sobre a
parte enferma do corpo de Ezequias e ele foi curado. Jesus teve cinco
ferimentos que se tornaram a salvação do mundo.
Em Isaías
49.3 está escrito: "...e me disse: Tu és o meu servo, és Israel, por
quem hei de ser glorificado" (Is 49.3). Aqui vemos a identificação de
Israel com seu Filho maior, Jesus Cristo. A figueira Israel, em conexão com
Jesus, o Messias, tornou-se a salvação para o mundo. Por isso está escrito mais
adiante: "Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as
tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei
como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da
terra" (Is 49.6). Aqui a Palavra de Deus não se refere mais a Israel
propriamente, mas Àquele que viria de Israel, a Jesus Cristo: "...pouco
é o seres o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer
os remanescentes de Israel..." Pois Israel não poderia restaurar a si
mesmo, nem poderia tornar a trazer os remanescentes de si mesmo.
E como a
figueira Israel em si mesma é torta, resplandecendo somente em seu Messias,
assim também é evidente que as palavras seguintes se referem ao Filho maior de
Israel: "...também te dei como luz para os gentios, para seres a minha
salvação até a extremidade da terra". Por isso Jesus disse em João
4.22b: "...a salvação vem dos judeus."
2. Profeticamente parece que já se delineia também
a futura salvação de Israel – seu próprio restabelecimento se avizinha
Voltemos
novamente para o rei Ezequias, que já estava diante da morte, mas em lágrimas
implorou a cura ao Senhor. Deus ouviu sua oração e ordenou a Isaías: "Volta,
e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi,
teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao
terceiro dia, subirás à casa do Senhor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos
e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei
esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo. Disse mais Isaías:
Tomai uma pasta de figos; tomaram-na e a puseram sobre a úlcera; e ele
recuperou a saúde" (2 Rs 20.5-7).
Assim
como Ezequias, também Israel ainda terá que enfrentar angústia mortal. Pois no
tempo da Grande Tribulação todas as nações da terra se voltarão contra Israel e
se reunirão em Armagedom para destruí-lo totalmente. Mas então esse povo, em
agonia, como Ezequias outrora, clamará ao Senhor com suas últimas forças:
"Deus de Abraão, Isaque e Jacó! Nosso Messias, vem e salva-nos dos nossos
inimigos!" Ele ouvirá Seu povo e o salvará – Israel poderá ir ao templo
novamente (pois Jesus levantará o templo do Milênio) – Ele derrotará os
inimigos de Israel e protegerá a cidade de Jerusalém.
A
história de Ezequias se encaixa no contexto das afirmações de Deus sobre o
futuro de Israel e da vinda de Jesus. Assim talvez já possamos ver, na pasta de
figos, por meio da qual a saúde de Ezequias foi restabelecida, um paralelo da
figueira restabelecida em Mateus 24: "Aprendei, pois, a parábola da
figueira..." E a declaração: "...no terceiro dia
subirás à casa do Senhor", é no mínimo interessante. Pedro disse: "Há,
todavia, uma cousa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia
é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2 Pe 3.8). Desde a primeira
vinda de Jesus a Belém já se passaram quase dois mil anos (dois dias divinos).
Não é em vão que após 1948 anos Deus fez de Israel novamente um povo na Terra
Prometida, e no ano de 1967 lhe devolveu a cidade de Jerusalém. Será que Israel
subirá novamente à casa do Senhor no "terceiro dia"? Não sabemos o
momento exato da vinda de Jesus para a Sua Igreja, nem o dia da Sua volta para
Seu povo Israel. Mas vemos e presenciamos em nossos dias a restauração da
figueira: Israel é conduzido em direção à sua cura. E nosso Senhor prometeu
expressamente: "Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem
que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão"
(Mt 24.34-35).
Marcio Campos
As Grandes Revelacoes
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