Este é o terceiro estudo da Série A Figueira e Seus Ramos:
Em Lucas
17.5-6 lemos: "Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a
fé. Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a
esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá."
É preciso
esclarecer que, conforme diversos autores, a árvore aqui chamada de amoreira é,
na verdade, o sicômoro, a figueira brava, a mesma árvore em que Zaqueu subiu
para ver Jesus (Lucas 19). Um dicionário da Bíblia diz a respeito: "O
sicômoro pode atingir até 16 metros de altura e alcança uma circunferência de
até 10 metros. A madeira é dura, uniforme e muito durável e, depois do cedro, é
a melhor madeira para carpintaria."
Certa vez
o Senhor Jesus apontou para esse fato ao dizer: "Portanto, vos digo que
o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os
respectivos frutos" (Mt 21.43).
O Senhor
Jesus apontou para uma árvore tão grande e disse aos seus apóstolos, que eram
judeus: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta
amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá."
Certamente podemos dizer que, no sentido profético, isso se cumpriu exatamente.
Foi o que realmente aconteceu com a figueira Israel, que no tempo de Jesus
havia se tornado um povo orgulhoso. Os israelitas foram desarraigados da sua
pátria judaica e lançados no mar das nações. Este foi um desígnio de salvação
de Deus e tornou-se uma bênção para os povos. Por meio da fé dos apóstolos, que
eram judeus, descendendo eles mesmos da figueira, o Evangelho foi levado aos
gentios.
A Bíblia
fala em Atos 13.46-47 sobre essa transferência do Evangelho de Israel para as
nações: "Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria
que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas,
posto que a rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis
aí que nos volvemos para os gentios. Porque o Senhor assim no-lo determinou (Is
49.6): Eu te constituí para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação
até aos confins da terra." Ao desarraigamento espiritual de Israel
seguiu-se, então, também o desarraigamento como nação: no ano 70 d.C. os judeus
foram arrancados de sua terra e espalhados por todo o mundo.
Os
apóstolos tiveram a fé para transplantar a bênção de Israel para o mar das
nações. O Messias deles nos foi trazido como o Cristo. Certa vez o Senhor Jesus
apontou para esse fato ao dizer: "Portanto, vos digo que o reino de
Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos
frutos" (Mt 21.43).
O que
parecia juízo – e, com certas reservas, também o foi – tornou-se uma bênção
para os gentios. Paulo fala a respeito em suas palavras aos judeus, e assim
explica que, de acordo com Isaías 49.6, isso foi necessário para se tornar
salvação e luz para todos os gentios. Enquanto o sicômoro foi transplantado ao
mar das nações, nós nos tornamos participantes da "bênção e seiva
salvadora" da figueira. A esse respeito Paulo diz em Romanos 11.11: "Porventura,
tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum; mas, pela sua transgressão, veio a
salvação aos gentios..."
Mas
Israel não continuará para sempre com suas raízes arrancadas. A palavra
profética da Bíblia promete à figueira seu restabelecimento na terra dos pais –
o que acontece desde 1948 e continuará acontecendo –, com o que também a bênção
volta para a terra e para o povo de Israel.
Mas
Israel não continuará para sempre com suas raízes arrancadas. A palavra
profética da Bíblia promete à figueira seu restabelecimento na terra dos pais –
o que acontece desde 1948 e continuará acontecendo –, com o que também a bênção
volta para a terra e para o povo de Israel. A figueira novamente lançará raízes
e trará frutos. Por isso Paulo continua dizendo: "Ora, se a
transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em
riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!" (v. 12). Esse
novo arraigamento da figueira Israel na sua terra para restauração espiritual e
nacional também é salientado em Romanos 9.26: "e no lugar em que
se lhes disse: Vós sois o meu povo; ali mesmo são chamados filhos do
Deus vivo." De que lugar se fala aqui? Da terra de Israel!
Assim,
finalmente tudo converge na gloriosa promessa de Miquéias 4.4: "Mas
assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não
haverá quem os espante, porque a boca do Senhor dos Exércitos o disse"
(compare também Ageu 2.19). O sentar-se debaixo da videira e da figueira é
uma maravilhosa imagem de uma vida em paz assegurada. Agora ainda não é assim,
mas Israel será levado a isso – no Milênio de Jesus Cristo. Já o reinado de
Salomão apontou para o Milênio, onde um dia reinará paz: "Judá e Israel
habitavam confiados, cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira,
desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão" (1 Rs 4.25). Isso se
cumprirá de maneira completa quando Jesus Cristo voltar ao Seu povo como o
Messias de Israel. Por isso oramos: "Maranata – vem Senhor Jesus!" (Norbert Lieth ).
Que a Paz do nosso Senhor Jesus Cristo Esteja Convosco.
Leia Tambem: A Figueira Como Mestre Que Ensina Sobre a Salvação
Marcio Campos
As Grandes Revelacoes
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